Economia circular de “fio a fio”: o novo padrão da sustentabilidade têxtil

Quando se fala em sustentabilidade na indústria têxtil, o primeiro reflexo costuma ser pensar em tecidos feitos com garrafas PET recicladas ou algodão orgânico. Mas a sustentabilidade de verdade — a sustentabilidade completa, como vem sendo chamada nas principais feiras internacionais — vai muito além disso. Ela acontece “do fio ao fio”, quando o próprio resíduo têxtil volta a ser matéria-prima, fechando completamente o ciclo produtivo.

Esse conceito foi um dos grandes destaques da Performance Days, feira mundial de referência em tecnologia têxtil e inovação para moda esportiva e calçados. Ali, marcas e fabricantes do mundo inteiro apresentaram soluções que buscam reutilizar, reprocessar e redesenhar os próprios materiais, sem depender de insumos externos. É o que se chama de economia circular de ciclo fechado — um ideal que transforma a forma de pensar a produção.

O que significa “do fio ao fio”

O termo “do fio ao fio” traduz o princípio de uma cadeia têxtil circular, onde nada é desperdiçado. Isso significa que as sobras de tecido, aparas e resíduos de confecção são coletados, separados e transformados novamente em fios, capazes de dar origem a novos tecidos e produtos.

Diferente da reciclagem tradicional — que muitas vezes depende de resíduos plásticos ou mistos — a reciclagem têxtil pura, “fio a fio”, exige tecnologia, rastreabilidade e, acima de tudo, comprometimento de toda a cadeia produtiva. É um processo complexo, que começa no design e termina na reciclagem final do produto.

Para isso, cada etapa precisa ser pensada de forma a facilitar o reaproveitamento futuro, desde a escolha das fibras até os acabamentos, colas, dublagens e tratamentos de superfície.

Um desafio técnico e cultural

Ser sustentável, hoje, é muito mais do que usar um fio reciclado. É preciso garantir que todo o ciclo de vida do produto respeite o meio ambiente e possa voltar ao início da cadeia.

Isso envolve decisões técnicas (como evitar misturas de fibras que dificultam a reciclagem), mas também envolve cultura industrial: planejar processos, repensar desperdícios, redesenhar fluxos de energia e água.

Na Performance Days, essa discussão ganhou força. Diversos especialistas afirmaram que o grande avanço da próxima década não será apenas o desenvolvimento de novos materiais, mas sim a capacidade de reaproveitar integralmente os que já existem. É o que alguns chamam de “a segunda revolução têxtil”: transformar resíduos em recursos, sem perder qualidade.

O papel da ITM nessa transformação

A ITM acompanha essa evolução há muitos anos. Muito antes de o termo “circularidade” ganhar popularidade, a empresa já trabalhava com reaproveitamento total das sobras de produção. Todos os resíduos têxteis de algodão gerados nas tecelagens são recolhidos e enviados para processos de reciclagem específicos de algodão, que originam novos fios.

Esses fios reciclados dão origem à linha ECOFIO®, que representa não apenas uma solução técnica, mas um verdadeiro compromisso com o futuro da indústria. São tecidos produzidos a partir de fibras naturais reprocessadas, mantendo a resistência, o toque e a aparência do algodão virgem — mas com uma pegada ambiental muito menor.

Além disso, a ITM é reconhecida por buscar o equilíbrio entre desempenho e sustentabilidade. Isso se reflete em detalhes que fazem toda a diferença:

• As dublagens e impermeabilizações são pensadas para preservar a reciclabilidade dos tecidos.
• Os acabamentos químicos são escolhidos de forma a reduzir o impacto ambiental e facilitar o reprocessamento dos materiais.
• A empresa trabalha constantemente para otimizar processos de tingimento, alterando a ordem dos corantes, reaproveitando banhos e ajustando receitas para reduzir o consumo de água e produtos.

Essas decisões, embora técnicas, revelam uma filosofia clara: ser sustentável não é um projeto pontual — é uma cultura de produção.

EcoRevolution®: sustentabilidade em cada detalhe

O compromisso da ITM com a economia circular se concretiza no programa EcoRevolution®, que reúne uma série de iniciativas integradas para tornar a operação mais limpa, eficiente e responsável.

Entre as ações estão:

• Aproveitamento máximo da iluminação natural nas fábricas, reduzindo o consumo de energia elétrica.
• Reaproveitamento de tingimentos e controle rigoroso da dosagem de corantes.
• Tratamento e destinação correta de 100% dos resíduos sólidos e líquidos.
• Gestão otimizada do uso de água, com recirculação e reuso sempre que possível.
• Revisão constante das fórmulas químicas para eliminar substâncias de risco ambiental.

Cada uma dessas iniciativas, isoladamente, já seria relevante. Mas o diferencial está na integração de todas elas — o que faz da EcoRevolution® uma plataforma viva de sustentabilidade, que evolui junto com as exigências do mercado global.

Sustentabilidade completa: cada vez mais complexa, cada vez mais necessária

O grande aprendizado dos últimos anos é que ser sustentável é muito mais complexo do que parecia. O que antes era uma escolha de materiais, hoje envolve uma transformação sistêmica.

Na indústria têxtil, essa complexidade se traduz em novas perguntas:

• Como projetar produtos que possam ser desmontados e reciclados?
• Como garantir rastreabilidade real de matérias-primas?
• Como equilibrar desempenho técnico e impacto ambiental?

Empresas como a ITM mostram que é possível avançar nessa direção com consistência, inovação e responsabilidade.

A sustentabilidade de “fio a fio” não é apenas um conceito técnico — é uma visão de futuro em que cada metro de tecido conta uma história de cuidado: com o meio ambiente, com as pessoas e com a própria cadeia produtiva.

E esse futuro, cada vez mais, já está sendo tecido agora.

Conheça alguns tecidos com fios reciclados da ITM

tecido algodão reciclado 4972

lona algodão reciclado visual jeans 4973

tecido com fio de algodão reciclado 5384

Tecido reciclado de algodão 5404

tecido 5418 algodão reciclado